06
Mar 12
Fui este fim de semana a Óbidos. Tenho uma coisa por aquela vila....um je ne sais quoi. Adoro a traça medieval, a cor azul e branca das casas dentro da muralha, as ruas estreitas, as plantas trepadeiras nas paredes, a vista totalmente breathtaking das muralhas... Enfim, um local de sonho No entanto nunca tinha ido lá em nenhum evento, como a feira medieval, a vila de Natal ou o festival do chocolate. E foi a este último que fui. A vila toda está cheia de barraquinhas a venderem os mais diversos tipos de chocolate, decorada com muffins, amendoas, cupcakes e bolos. Alguns de tamanho gigantesco! Animadores vestidos de goluseimas prontos a tirar uma foto com miúdos e graúdos. Este ano houve uma parceria com a Disney, que faz 20 anos, e, como tal, havia montras com o tema Disney, todas feitas em chocolate. No meio do recinto um castelo igual ao da Bela Adormecia, que estava lindooooo. A grande atracção era uma tenda com 6 esculturas de chocolate alusivas a filmes da Disney. À entrada davam-nos um papel para votarmos na nossa favorita. A minha foi dos Piratas das Caraíbas. Os pormenores estavam fun-tásticos!!! A entrada custa 7 euros para adulto e 5 euros para crianças, o que em tempos de crise, achei que era muito. Mas o pagamento a quem faz aquelas maravilhas tem que vir de algum lado, certo? O preço das iguarias varia. Uma metade de ananás cheia de pedaços de fruta, com chocolate derretido anda pelos 5 euros, uma bomboca de qualquer tipo de chocolate 1 euro, um crepe ou um chocolate quente 3 euros. Mas também...é uma vez por ano, certo? Ficou a ideia, não morri de excitação. Acredito que vou achar mais piada à feira medieval. A ver vamos.
Semeado por alaranjacorderosa às 00:59

23
Dez 11

Mas alguém me esclarece uma dúvida??

 

Será que com a compra de acções da EDP por parte do Three Gorges, os contadores da luz vão passar a trazer etiquetas "made in China"??

Semeado por alaranjacorderosa às 11:10

05
Dez 11
É que não me estou a aguentar com a novela Secret Story 2.
Porquê?
Pela Suse dos dois kilos de plástico nos seios? Não....já vi a Dolly Parton.
Pelo pasteleiro Marcolino que come de boca aberta e tem massa muscular na proporção inversa à massa cinzenta? Não...já vi muitos filmes do Rambo.
Pela Cátia que se ri histéricamente da sua própria palermice? Não...já vi a Elsa do BB2  a mandar beijinhos loiros para a Segurança Social.

O meu motivo de desespero nem se prende com nenhum concorrente.....a minha arritmia cardíaca dá-se quando eu vejo....o Sr. Fernando! O pai da Fanny. E eu acho, sinceramento, que ele é que devia estar dentro da casa, a animar aquela malta toda!!!



Ele diz tudo daquela boca para fora, com sotaque de Oliveira de Azeméis, misturado com palavras em franciú suisso. Adoro! Ele manda calar o ex-namorado da Fanny em directo e ao microfone com um sonoro "Cala-te, estúpido". Ele tem a coragem, a audácia, a ousadia de deixar a Teresa Guilherme plantada no estúdio, levantar-se a meio do programa e sair do cenário. Tudo porque a tia Teté continuava a falar com o "estúpido do Diogo".

Mas esta semana eu fiquei com vontade de casar com o Sr. Fernando!!! Então não é que essa alminha emigrantada, em plena conversa com Teresa Guilherme se sai com um "deixe-me só agradecer à Pluma Azul, que todas as semanas me preparam para as galas". E o que é a Pluma Azul, perguntou Teresa Guilherme e perguntaram os 500.000 espectadores da TVI? E sr. Fernando responde: é um salão de cabeleireiro...que são eles que me penteiam todas as semanas para vir ás galas. E foram eles que me apararam o bigode! E também quero agradecer à sapataria que me ofereceu os sapatos!!

WTF????????????!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Quem é o sr. Fernando para ter patrocínios e falar deles em directo como se fosse a coisa mais natural do mundo???? Eu estou a alucinar, não estou?? Isto não aconteceu pois não???



P.S. caso não saibam, quando a Fanny fez anos, os pais e os avós gravaram uma mensagem de vídeo a dar-lhe os parabéns.....a avó disse: "muitos parabéns, bla bla bla bla(...), e um beijinho muito grande para ti....e para a minha cabeleireira também! (momento mais bonito da televisão que já vi até hoje!)

Semeado por alaranjacorderosa às 20:03

27
Nov 11



O mês passado fui ver o grande senhor Carlos do Carmo em concerto com o Bernardo Sassetti, à Casa da Música.
Escusado será dizer que foi dos melhores concertos que já vi até hoje. Ele é realmente um grande homem, um grande fadista e um grande artista.
Quase no fim do concerto fez a audiência inteira prometer que, no dia 27 de Novembro, se o Fado fosse eleito Património da Humanidade, iriamos erguer um copo de vinho à ocasião. Estivessemos onde estivessemos....
E como o prometido é devido, hoje à noite vai haver tertúlia e tinto! E um grande brinde "ao Fado". E no fundo...um grande brinde a todos nós, que fazemos parte desta cultura, que não deixamos as raízes morrerem!

Porque em Portugal... tudo isto é FADO!

Semeado por alaranjacorderosa às 13:43

26
Nov 11





Eu: Oh Mãããnheeee, porque é que as noivas tem tantas superstições??
Mãe: Oh Laranja, porque isso já vem de há muito tempo. E é sempre bom andarmos atentas por causa do mau olhado, especialmente num dia tão importante.
Eu: Tá bem. E quais são afinal??

Mãe: Levar algo novo e algo velho.
Eu: Hmmm, novo já se leva o vestido. Velho já se tem lá o noivo...afinal não o conhecemos há dois dias...não se pode considerar uma coisa "nova".

Mãe: Algo emprestado e algo azul.
Eu: Emprestado? Ai por favor...se há dinheiro para o casório também há dinheiro para comprar as coisa...quero lá agora uma coisa emprestada! Mas está bem, posso perdir-te o pai "emprestado" para me levar ao altar! Ou assim não conta? E azul?? Tu estás bem?? E os convidados que são do Benfica???

Mãe: Os convidados devem lançar pétalas de rosa e/ou arroz aos noivos, quando eles sairem da igreja.
Eu: Mãe...tens visto o preço das rosas, ultimamente? Bem me parecia. E arroz? Se entra um grão para o olho e me rasga a lente de contacto, quero ver quem a paga!!

Mãe: Há quem leve também uma nota no sapato...para trazer riqueza ao novo casal.
Eu: E andar com a nota o dia todo no sapato?? Devia ficar lindo, na noite de núpcias a noiva se descalçar e o noivo dizer  -"Amor....porque é que tens uma tatuagem verde a dizer "100", no pé?

Mãe: Outra tradição é a noiva fazer arroz doce, um dia antes do casamento, para este, depois, ser entregue por raparigas virgens, aos convidados.
Eu: Hmmm, o que me preocupa aí nem é fazer arroz doce em doses industriais, mas sim...onde raio vou eu arranjar as raparigas virgens???

Mãe: Há quem acredite que congelar um pedaço do bolos dos noivos traga sorte, também.
Eu: Sim...e corro o risco de a ASAE me entrar pela casa dentro e me multar por ter coisas fora do prazo no congelador, cheias de salmonelas...

Mãe: Não se deve lavar o vestido de noiva no primeiro ano de casamento.
Eu: Ai, ui...já estou a ver a cara das senhoras da 5 à Sec quando eu aparecesse lá com um vestido cheio de nódoas, daquelas que já ficaram verdes com o bolor....

Mãe: Pois...percebes agora porque é que já perdi as esperanças de que algum dia te cases?

Semeado por alaranjacorderosa às 19:29

20
Nov 11




Reza a notícia no JN de hoje, acerca da mãe da Alexandra (lembram-se da menina cuja guarda foi retirada aos pais adoptivos?? e da luta do pai GNR para conseguir manter a menina com eles):

Natália Savach Zarubina, mãe de Alexandra, menina que foi retirada à família de acolhimento portuguesa pelo Tribunal de Guimarães em 2009, acusou as autoridades russas de não prestarem qualquer tipo de ajuda à sua família. "As autoridades locais devem ser as primeiras a ajudar, porque o presidente não pode ajudar toda a gente. Ninguém me ajuda, apenas me atiram lama", queixou-se no programa "Última Palavra", transmitido no sábado à noite no canal televisivo russo NTV. No programa, que tinha como tema "Não tem vergonha de ser pobre?", Natália Savach Zarubina declarou: "Não vivemos na miséria completa, mas vivemos numa vila onde não há emprego, só há alguns cafés para motoristas de longo curso e mais nada." "Agora não trabalho, frequento um curso. Não consigo emprego ora porque não tenho instrução, ora porque não tenho profissão, ora porque já não tenho idade", lamentou. A avó de Alexandra, Olga Zarubina, revelou que toda a família de seis pessoas vive com as reformas que ela e o marido recebem. "Eles quatro [Natália, marido e duas filhas] e eu e o meu marido vivemos das nossas reformas. Eu recebo por mês sete mil rublos (cerca de 170 euros) e o avô sete mil e quinhentos (cerca de 195 euros)", acrescentou.
Sou só eu que continuo sem perceber como é que esta mãe conseguiu ganhar a guarda da criança? Quando, quanto mais tempo passa, menos condições ela tem de a sustentar??

Intriga-me. Se alguém me fizer o obséquio de explicar, eu ficarei muito agradecia!


Semeado por alaranjacorderosa às 13:42

Antes do post...chamada de atenção que o "c" em actuais foi deixado deliberadamente! Não falo para o novo acordo ortográfico...aborreci-me imenso com ele!!




Ora na verdade, e sim, MAIS um romance histórico!! Que querem?? Não abro mão...gosto, gosto, gosto! Há já muitas pessoas a gostarem de Danielle Steel....

Este pequeno (grande) livro relata a história de Madragana, a cumcumbina mouraa do rei Afonso III que morre, no início da trama, murmurando um "segredo". E é, também, a história de Eunice Bacelar que encontra um pergaminho no Vaticano que referia a existência de Madragana, de um alquimista da corte do próprio rei e suas supostas tendências homosexuais, e do único Papa português João XXI.

É o primeiro romance de Maria Antonieta Costa, uma professora, historiadora e membro da Sociedade Portuguesa de Estudos Medievais. Segundo palavras da própria “procurei urdir uma trama com carácter de thriller que mostrasse um outro lado possível de Afonso III, um monarca que passa injustamente despercebido, pois foi ele que fixou as fronteiras continentais em 1249 e que ainda hoje se mantêm, um notável administrador e, depois de D. Afonso Henriques, foi quem fez os alicerces do país. Um rei que fundou povoações, restaurou outras, e teve a preocupação do povoamento”.

Ainda não cheguei a meio, mas garanto já que envolve!! A roçar um pouco a ideia já gasta de juntar o Vaticano e os seus arquivos a um história actual (à lá Dan Brown style), mas com a benesse de se basear em muitos factos verídicos, e de contar a história de um rei, realmente pouco conhecido, na voz de uma (muito pouco) dama da corte.


“Há que saber discernir o que é realidade histórica, e eu tenho-a no meu livro, daquilo o que é ficção, e daí ter incluído uma introdução em que previno o leitor para esta situação. Coloquei no final um quadro cronológico que estabelece a relação entre a ficção e a realidade para que os leitores possam fazer um confronto”.


Trata-se essencialmente de um thriller em que acção domina a descrição, tecida em volta do ocultismo, crimes, conspirações, sociedades secretas e até mesmo homossexualidade. Somos presenteados com um amplo leque de figuras históricas reais, bem como a própria geografia de espaços da obra torna-se particularmente cativante já que todos os locais são visitáveis ou evocam algo na memória de cada um de nós.


Recomendo vivamente e espero que a autora não se fique por aqui.

Semeado por alaranjacorderosa às 10:24

21
Set 11

Sim, é o painel de azulejos à saída da Ponte D. Luís....à entrada do túnel da Ribeira...bem nas entranhas do Porto. Sim, é de autoria de Júlio Resende, que faleceu hoje aos 93, em Gondomar.
E porque ficamos sempre mais pobres com a morte de artistas como este, fica aqui um texto sobre a obra mais notória que o pintor deixou à cidade - Ribeira Negra - pelo texto de Eugénio de Andrade.


«A gente a que o pintor sempre procurou dar corpo e alma, e que lhe sai ao caminho mal pega no lápis e no pincel, é aquela a que Fernão Lopes chamou arraia-miúda. Isto, que nunca passou despercebido àqueles que seguiram empenhados a sua obra, tornou-se pura evidência a todos quantos tinham olhos na cara a partir de Ribeira Negra, o magnificente historial da miséria e da grandeza da população ribeirinha do Porto, exposto pela primeira vez em 1984, no Mercado Ferreira Borges.Há uma brutalidade nesta pintura, digamo-lo sem qualquer hesitação; brutalidade que consiste em obrigar-nos sem trégua a pensar que o homem é o mais mortal dos animais, que o seu corpo não cessa de ser corroído pela lepra do tempo, que o esplendor da sua juventude se converte com facilidade na mais grotesca paródia de si próprio, que tudo nele está inexoravelmente votado à morte.»








Semeado por alaranjacorderosa às 20:25

18
Set 11




Jules Mazarino cardeal e estadista itlaiano, que serviu como primeiro ministro em França, entre 1642 e 1661.







Jean Baptiste Colbert foi o ministro das finanças no reinado de Luís XIV;






Diálogo extraído dos "Diálogos de Estado": Colbert, Jean Baptiste



"Colbert: Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar [o contribuinte] já não é possível. Eu gostaria, Senhor Superintendente, que me explicasse como é que é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço…

Mazarino: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão. Mas o Estado… o Estado, esse, é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se… Todos os Estados o fazem!

Colbert: Ah sim? O Senhor acha isso mesmo ? Contudo, precisamos de dinheiro. E como é que havemos de o obter se já criámos todos os impostos imagináveis?

Mazarino: Criam-se outros.

Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.

Mazarino: Sim, é impossível.

Colbert: E então os ricos?

Mazarino: Os ricos também não. Eles não gastariam mais. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.

Colbert: Então como havemos de fazer?

Mazarino: Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente! Há uma quantidade enorme de gente situada entre os ricos e os pobres: São os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo
ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhes tirarmos mais eles trabalharão para compensarem o que lhes tiramos. É um reservatório inesgotável."



Desabafo meu:
("Oh manheeeee, este senhor esteve cá em Portugal recentemente???")



Semeado por alaranjacorderosa às 12:52

Ah a frescura na face de não cumprir um dever!
Faltar é positivamente estar no campo!
Que refúgio o não se poder ter confiança em nós!
Respiro melhor agora que passaram as horas dos encontros.
Faltei a todos, com uma deliberação do desleixo,
Fiquei esperando a vontade de ir para lá, que eu saberia que não vinha.
Sou livre, contra a sociedade organizada e vestida.
Estou nu, e mergulho na água da minha imaginação.
É tarde para eu estar em qualquer dos dois pontos onde estaria à mesma hora,
Deliberadamente à mesma hora...
Está bem, ficarei aqui sonhando versos e sorrindo em itálico.
É tão engraçada esta parte assistente da vida!
Até não consigo acender o cigarro seguinte... Se é um gesto,
Fique com os outros, que me esperam, no desencontro que é a vida.
Ah a frescura na face de não cumprir um dever!
Faltar é positivamente estar no campo!
Que refúgio o não se poder ter confiança em nós!
Respiro melhor agora que passaram as horas dos encontros.
Faltei a todos, com uma deliberação do desleixo,
Fiquei esperando a vontade de ir para lá, que eu saberia que não vinha.
Sou livre, contra a sociedade organizada e vestida.
Estou nu, e mergulho na água da minha imaginação.
É tarde para eu estar em qualquer dos dois pontos onde estaria à mesma hora,
Deliberadamente à mesma hora...
Está bem, ficarei aqui sonhando versos e sorrindo em itálico.
É tão engraçada esta parte assistente da vida!
Até não consigo acender o cigarro seguinte... Se é um gesto,
Fique com os outros, que me esperam, no desencontro que é a vida.


Álvaro de Campos



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Semeado por alaranjacorderosa às 11:50

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